NA WEB
TEXTO
A
A
A

Para preservar o meio ambiente, nada melhor do que plantar uma árvore, não é mesmo? É essa a mensagem deixada para os visitantes que lotaram a lona montada no Museu da Vida Fiocruz para a atividade Fiocruz no Caminho da Sustentabilidade, promovida pela Coordenação-geral de Infraestrutura dos Campi (Cogic).  Todos os visitantes que passaram pela lona foram presenteados com mudas de plantas. Os expositores explicaram sobre o trabalho que vem sendo realizado pela Gestão Ambiental da Fiocruz. Já nas primeiras horas da quinta-feora, esta atividade marcou os debates que se sucederam sobre as diversas dificuldades encontradas para a sobrevivência do planeta, um dos assuntos abordados no penúltimo dia (20/10) da 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, na sede da Fiocruz.

Sobre a atividade A Amazônia no Antropoceno: passado, presente e futuro, promovida pela Casa de Oswaldo Cruz (COC), pode-se afirmar que quando o papo está bom, ninguém quer ir embora. Foi exatamente o que aconteceu. A oficina tinha previsão de término às 15h30, mas os alunos do Colégio Estadual Professor Renato Azevedo, de Cabo Frio, decidiram permanecer na sala debatendo com os historiadores de ciência da COC sobre a interferência humana no tempo de vida do planeta. “Amei! Queria ficar mais tempo”, disse a aluna Gabriela.

A conversa girou em torno da segunda era da escala evolutiva da Terra, na qual a humanidade está presente. Foi dado o alerta: o destino da humanidade está atrelado ao destino de todas as espécies de seres vivos que habitam a Terra. Os pesquisadores apresentaram a Floresta Amazônica como uma importante fonte de regulação climática, o regime de águas e a biodiversidade global. Os alunos compreenderam que a Amazônia é o microcosmo (reflexo da condição atual do planeta) do antropoceno e, por isso, é fundamental preservar os ecossistemas existentes nela. “É muito importante falar desse tema”, disse a estudante Ana Luiza.

Já a atividade A Ciência e a Tecnologia dos Insetos, promovida pelo Instituto Oswaldo Cruz, apresentou uma alternativa bastante curiosa para o futuro da humanidade: comer e se inspirar nos insetos. Acredita-se que uma das soluções para a fome seja a criação e consumo de insetos. Eles têm menor custo de produção e mais propriedades nutritivas do que as presentes nas carnes de animais comumente consumidas hoje. “O espaço para a criação de insetos para a alimentação humana é infinitamente menor que as pastagens de gado, por exemplo”, revela Ana Luiza Pimenta, bióloga e técnica da Coleção Entomológica do IOC. Para a criação de grilos, é necessário apenas 1,7 kg de ração e 1 litro de água, enquanto para a criação de vacas para o consumo humano são necessários 7,7 kg de ração e 22 mil litros de água.

Outra vantagem desses pequenos seres que já serviram de inspiração para muitas construções humanas, como o os prédios com ventilação natural do Zimbábue inspirados na formação dos cupinzeiros, é a possibilidade de controle da proliferação das espécies entendidas como pragas para as plantações. A espécie animal, como a lagarta, que destrói as plantas, pode ser consumida por uma espécie predadora, eliminando a necessidade de aplicação de pesticida. Os pesticidas são conhecidos por sua alta capacidade de transmissão de doenças.

E aí, o que você acha das soluções encontradas para o futuro do planeta?

Até o dia 21/10 todas as unidades da Fiocruz recebem alunos de escolas parceiras, funcionários da instituição e o público espontâneo para a participação em oficinas, bate-papo, feira de ciências e intervenções artísticas. Consulte a programação completa em: https://snct.lojahomologacao.com.br/

A cobertura fotográfica completa deste dia de SNCT na Fiocruz, no campus Maré-Manguinhos, pode ser conferida clicando aqui.

Saiba mais sobre as atividades culturais que aconteceram nesta quinta-feira (20/10) na SNCT 2022, realizadas pelo Festival de Cultura Popular Brasileira do Museu da Vida Fiocruz:  Atividades acessíveis no 3º dia do Festival de Cultura Popular Brasileira