NA WEB
TEXTO
A
A
A

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, marcou presença no último dia de atividades da 19º Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no campus da Fiocruz. Nísia passeou pela Tenda SNCT, foi em todos os estandes e falou com cada um dos expositores. Ela foi recebida com carinho pelas crianças da creche Fiocruz, que cantaram uma música em homenagem à instituição. Em um só ato, as crianças juntaram arte, educação  e ciência. Veja um trecho:

“A Fiocruz é um reino, é um castelo, é um lugar de brincar. A Fiocruz tem Zé Gotinha para poder nos vacinar. Obrigada pela célula onde eu posso escorregar. Ai, que coisa boa, a Fiocruz é divertida e legal. Existe há muito tempo, mas está longe do final. Olha quantos anos? São 122. Vem se divertir e não deixe para depois.”

Tal iniciativa foi coerente com a fala da presidente, feita logo em seguida sobre a importância da SNCT para a população como um todo. “Não dá para falar de ciência, sem falar de educação, sem falar de divulgação científica. Este ano nós temos a alegria do reencontro presencial, sobretudo, a defesa da ciência, da inovação e do sistema único de saúde e do cuidado com todos como parte da nossa sociedade”, disse.

Nesse reencontro presencial foram muitas alegrias. Houve expositor retornando ao evento como visitante acompanhado de seus filhos. A pedagoga e coordenadora educacional da creche, Andrea Veloso, revela que as atividades da SNCT podem ser entendidas pelas crianças pequenas. “A gente consegue adequar as propostas. Vamos contextualizar as informações com as vivências que temos com eles na creche”, diz. “O que as crianças serão no futuro, esses adultos, a gente tem que pensar hoje”, afirma.

Além das atividades adaptáveis, durante todos os dias de evento as crianças puderam contar com atividades destinadas exclusivamente para elas. No último dia (21/10), elas participaram da oficina Colorindo as Células e os Tecidos, promovida pelo Museu da Patologia. Nessa atividade, elas puderam desenhar e participar de jogos educativos cujo intuito era ensinar sobre os órgãos do corpo humano e suas funções. As brincadeiras deixaram os participantes ansiosos pela reabertura do museu, que atualmente está em obra.

Outra atividade para crianças, mas que teve muito adulto matando a saudade dos tempos de escola, foi a oficina Quem é você na ciência?, promovida pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos – Farmanguinhos. O experimento simples de misturar as cores primárias fez alguns adultos saírem da Tenda SNCT com tubos de ensaio coloridos nas mãos. As crianças também escreveram em um post-it o que pretendiam fazer caso se tornassem cientistas. Relatos como “acabar com a fome”, “acabar com a calvície”, “criar vacina sem dor e sem ser injetável” sensibilizaram o público do evento.

Quem passou pelo estande Comunidade de Manguinhos e Maré: Territórios e Independências, atividade promovida pela Casa Oswaldo Cruz, observou que a conversa aguçou o senso crítico das crianças. A partir do diálogo sobre o documentário homônimo em fase de elaboração, que trata das desigualdades sociais, as crianças redesenharam a bandeira do Brasil com uma proposta entendidas por elas como mais democrática, não em cores, mas em imagens. Algumas preferiram escrever recados para o Brasil. Os temas mais presentes foram relacionados à fome, saúde, emprego e eliminação do preconceito.

O último da SNCT 2022 na Fiocruz gerou expectativas para o próximo ano e encheu a comunidade Fiocruz de esperanças na futura geração de cientistas do país. A cobertura fotográfica completa pode ser conferida clicando aqui .

Nas próximas semanas, a Fiocruz realizará diversas ações territoriais, levando exposições e uma série de atividades para espaços escolares.

Saiba mais sobre as atividades culturais que aconteceram nesta sexta-feira (21/10) na SNCT 2022, realizadas pelo Festival de Cultura Popular Brasileira do Museu da Vida Fiocruz: Lendas do mar no último dia do Festival de Cultura Popular Brasileira